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Novo exame preventivo do colo do útero: o que muda e por que ele é tão importante

  • Foto do escritor: Previne Clinica
    Previne Clinica
  • há 12 minutos
  • 6 min de leitura

A prevenção do câncer do colo do útero deu um passo muito importante nos últimos anos com a recomendação de um novo exame preventivo, mais moderno e eficaz: o teste de HPV-DNA. Esse exame vem para complementar — e em alguns casos substituir — o tradicional Papanicolau, trazendo mais precisão, segurança e tranquilidade para as mulheres.

Neste artigo, você vai entender o que é esse novo exame, por que ele é mais eficaz, quem deve realizar, com que frequência e como ele ajuda a prevenir o câncer do colo do útero.


Explicação sobre preventivo e exame de HPV
Entenda o que fazer para se previnir.

O que é o câncer do colo do útero?

O câncer do colo do útero é um dos tipos de câncer mais comuns entre as mulheres, especialmente quando não há acompanhamento ginecológico regular. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), ele está entre os cânceres mais incidentes na população feminina e pode ser amplamente prevenido com vacinação e exames de rastreamento adequados (INCA – Câncer do Colo do Útero). Ele se desenvolve de forma lenta e, na grande maioria dos casos, está relacionado à infecção persistente pelo HPV (Papilomavírus Humano).

O grande diferencial desse câncer é que ele pode ser prevenido e tratado quando identificado precocemente. Por isso, os exames preventivos são fundamentais para a saúde feminina.


O que é o novo exame preventivo?

O teste de HPV-DNA é um exame que identifica diretamente a presença do vírus HPV no organismo, especialmente os tipos de alto risco, que estão associados ao desenvolvimento do câncer do colo do útero. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o teste de HPV como método preferencial de rastreamento em muitos países, por sua maior sensibilidade (OMS – Cervical Cancer).

Diferente do Papanicolau, que analisa alterações nas células do colo do útero, o teste de HPV-DNA detecta a causa principal da doença antes mesmo de surgirem alterações celulares.

Ou seja, ele atua de forma ainda mais preventiva.


Por que o teste de HPV-DNA é considerado mais moderno?

Esse novo exame traz diversos avanços em relação ao método tradicional. Entre os principais benefícios, estão:

  • Maior sensibilidade na detecção do risco para câncer do colo do útero

  • Identificação precoce do HPV, antes do aparecimento de lesões

  • Menor risco de resultados falsamente normais

  • Intervalos maiores entre os exames, quando o resultado é negativo

Esses fatores tornam o acompanhamento mais seguro e reduzem a ansiedade da paciente.


O teste de HPV-DNA substitui o Papanicolau?

Essa é uma dúvida muito comum — e a resposta é: depende da idade e da recomendação médica.

  • Para mulheres a partir dos 30 anos, o teste de HPV-DNA já é recomendado como exame primário de rastreamento.

  • O Papanicolau continua sendo um exame importante, especialmente quando há alterações no teste de HPV ou em situações específicas.

Na prática, os dois exames podem ser usados de forma complementar, sempre com orientação médica.


Quem deve realizar o novo exame preventivo?

O teste de HPV-DNA é indicado principalmente para:

  • Mulheres a partir dos 30 anos

  • Mulheres que já iniciaram a vida sexual

  • Pacientes que desejam um método preventivo mais completo

  • Mulheres com histórico de alterações no Papanicolau

Mesmo quem não apresenta sintomas deve realizar o exame, pois o HPV pode permanecer assintomático por muitos anos.


Por que o novo exame é recomendado a partir dos 30 anos e não aos 25?

Essa é uma dúvida muito comum e importante. A diferença entre a recomendação dos 25 anos (Papanicolau / COP) e dos 30 anos (teste de HPV-DNA) existe por questões biológicas e de eficácia do exame — não por contradição entre os protocolos.


Antes dos 30 anos

Em mulheres mais jovens, a infecção pelo HPV é muito frequente e, na maioria das vezes, transitória. O próprio organismo costuma eliminar o vírus espontaneamente em até 1 a 2 anos, sem causar alterações significativas no colo do útero.

Se o teste de HPV-DNA fosse utilizado de forma rotineira antes dos 30 anos, haveria:

  • Muitos resultados positivos sem relevância clínica

  • Ansiedade desnecessária para a paciente

  • Maior número de exames e procedimentos sem necessidade

Por isso, entre os 25 e 29 anos, o exame recomendado é o Papanicolau (também conhecido como COP), pois ele identifica alterações celulares reais, que são as que realmente precisam de acompanhamento ou tratamento. Essa orientação segue as diretrizes do Ministério da Saúde e do INCA (Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero – INCA).


A partir dos 30 anos

Após os 30 anos, quando o HPV está presente, ele tende a ser mais persistente. Essa persistência é o principal fator de risco para o desenvolvimento de lesões precursoras e do câncer do colo do útero.

Nessa faixa etária, o teste de HPV-DNA se torna:

  • Mais específico

  • Mais confiável

  • Mais eficaz como exame preventivo primário

Por isso, muitos protocolos nacionais e internacionais recomendam o teste de HPV-DNA a partir dos 30 anos, podendo ou não ser associado ao Papanicolau, conforme a orientação médica.


Quando é indicado realizar o COP (Papanicolau)?

O COP, mais conhecido como Papanicolau, continua sendo um exame extremamente importante na prevenção do câncer do colo do útero e segue recomendações bem definidas.

De forma geral, o COP é indicado para:

  • Mulheres entre 25 e 64 anos que já iniciaram a vida sexual

  • Mulheres dos 25 aos 29 anos como exame preventivo principal

  • Mulheres de qualquer idade quando há:

    • Sintomas ginecológicos

    • Alterações em exames anteriores

    • Necessidade de acompanhamento médico específico


Com que frequência o COP deve ser feito?

  • Após dois exames anuais normais consecutivos, o COP pode ser realizado a cada 3 anos

  • Caso haja alterações, o intervalo será definido pelo ginecologista

Mesmo com a chegada de exames mais modernos, o COP não deixou de existir. Ele segue sendo essencial em diversas situações, especialmente como exame complementar ou de acompanhamento.


Com que frequência o exame deve ser feito?

Uma das grandes vantagens do teste de HPV-DNA é a possibilidade de espaçar mais os exames, quando o resultado é negativo.

De forma geral:

  • Resultado negativo: o exame pode ser repetido em até 5 anos, conforme orientação médica

  • Resultado positivo: o médico indicará acompanhamento mais próximo ou exames complementares

Isso traz mais conforto, segurança e menos procedimentos desnecessários.


Como é feito o exame?

O procedimento é simples, rápido e semelhante ao Papanicolau:

  • A coleta é realizada durante a consulta ginecológica

  • Não causa dor, apenas um leve desconforto momentâneo

  • Não exige preparo complexo

O material coletado é analisado em laboratório especializado, garantindo precisão nos resultados.


A importância da prevenção contínua

Mesmo com a chegada de exames mais modernos, a prevenção continua sendo um conjunto de cuidados, que inclui:

  • Consultas regulares com o ginecologista

  • Realização dos exames preventivos indicados

  • Vacinação contra o HPV

  • Atenção aos sinais do corpo

A combinação desses fatores é o caminho mais eficaz para reduzir os casos de câncer do colo do útero.


Vacina contra o HPV: um passo fundamental na prevenção

A vacina contra o HPV é uma das formas mais eficazes de prevenção contra os principais tipos do vírus associados ao câncer do colo do útero, além de outros cânceres e verrugas genitais. O Ministério da Saúde reforça que a vacinação é segura, eficaz e fundamental para a redução da incidência da doença (Ministério da Saúde – Vacina HPV).

Ela atua prevenindo a infecção pelos tipos mais perigosos do HPV, reduzindo de forma significativa o risco de desenvolvimento de lesões precursoras e do câncer ao longo da vida.


Quem deve tomar a vacina?

  • Meninas e meninos, preferencialmente antes do início da vida sexual

  • Adolescentes e jovens que ainda não foram vacinados

  • Adultos que não receberam a vacina anteriormente, conforme avaliação médica

Mesmo quem já iniciou a vida sexual ou teve contato com o HPV pode se beneficiar da vacinação, pois a vacina protege contra vários tipos do vírus.


A vacina substitui os exames preventivos?

Não. A vacina contra o HPV é uma aliada importante, mas não substitui o COP nem o teste de HPV-DNA.

Isso acontece porque:

  • A vacina não cobre todos os tipos de HPV

  • A infecção pode ter ocorrido antes da vacinação

Por isso, mesmo mulheres vacinadas devem manter o acompanhamento ginecológico e realizar os exames preventivos conforme a idade e a orientação médica.


Por que falar sobre esse novo exame é tão importante?

Muitas mulheres ainda deixam de fazer exames preventivos por medo, desinformação ou falta de tempo. Ao divulgar e esclarecer sobre o novo exame preventivo, ampliamos o acesso à informação e incentivamos o cuidado com a própria saúde.

Quanto mais cedo o risco é identificado, maiores são as chances de prevenção e tratamento eficaz.


Cuide da sua saúde ginecológica

A prevenção salva vidas — e a informação é parte essencial desse cuidado.

Se você está dentro da faixa etária indicada ou deseja saber qual exame é mais adequado para você, procure um profissional de saúde e mantenha seus exames em dia.

Sua saúde merece atenção hoje, não apenas quando surgem sintomas.

Cuidar de você é um ato de amor-próprio.



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